Teoria de Resposta ao Item prioriza acertos coerentes no Enem
Uma das grandes dúvidas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio é a nota final, pois ela não é calculada levando-se em conta somente o número de questões corretas, mas também a coerência das respostas do participante ao longo de toda a prova, explica o Guia do Participante do Ministério da Educação (MEC) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
O Enem usa como base a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que é um modelo matemático avançado de correção das questões objetivas. Para a nota, é atribuída uma métrica (escala) criada especialmente para o Exame, com o objetivo de medir o conhecimento (proficiência) do participante em quatro áreas: Matemática e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias.
No modelo TRI, cada item avalia a consistência da resposta segundo seu grau de dificuldade. E para essa avaliação, são considerados três parâmetros:
– Parâmetro de discriminação: é o poder de discriminação que cada questão possui para diferenciar os participantes que dominam dos participantes que não dominam a habilidade avaliada na questão;
– Parâmetro de dificuldade: associado à dificuldade da habilidade avaliada na questão. Quanto maior seu valor, mais difícil ela é.
– Parâmetro de acerto casual: em provas de múltipla escolha, um participante que não domina a habilidade avaliada em uma determinada questão da prova pode responder corretamente a esse item, por acerto casual.
De acordo com os órgãos federais, no cálculo da nota com a TRI, os candidatos que acertaram as questões difíceis devem também acertar as questões fáceis, uma vez que “a aquisição do conhecimento ocorre de forma cumulativa”.
O inverso é considerado. Se o participante acerta a questão de um nível acima, que utiliza conhecimentos de um nível abaixo, podemos inferir que não existe coerência nas respostas e, dessa forma, os acertos acrescentarão menos na nota do participante, explica o Guia.
Com esse método, candidatos com a mesma quantidade de itens certos, podem ter notas diferentes, pois quem acerta questões mais fáceis e, a partir de um certo nível de dificuldade, passou a errar, possibilidade dentro do esperado pedagogicamente, terá uma nota maior do que um outro participante, que acertou as questões mais difíceis e errou as mais fáceis, ou seja, no possível ‘chute’, explica a publicação.
Nesse modelo de cálculo, segundo o MEC e o Inep, “a nota do participante depende somente de seu conhecimento e de seu momento na prova” e não do desempenho dos outros participantes.
Ou seja, para se sair bem no Enem é preciso preparação efetiva e consistente, para responder de forma coerente as questões. Precisa de ajuda nos estudos? A Miedu tem o Sonar. Saiba mais em nosso site. www.miedu.com.br
Categoria: Enem; educação
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