Setembro Amarelo: um olhar atento aos professores
Não há como negar: o serviço oferecido pelos professores, que é o de dedicar-se à passar conhecimento a outra pessoa, é doar-se em prol do crescimento alheio e isso demanda uma carga emocional muito grande, além do volume de trabalho, o que só aumenta a pressão. Então transportamos tudo para dentro de uma pandemia, onde o afastamento físico é imprescindível. Todo o estresse e o cansaço reforçam ainda mais o quadro do mal-estar docente tanto no aspecto físico quanto emocional. E isso precisa ser observado, principalmente nesse retorno presencial. Tudo vai mudar de novo, mesmo que devagar, a readaptação é complicada para todos os lados, pois mexe com rotina, com organização, com técnicas e metodologias, além das próprias habilidades de ensinar, que precisam se atualizar o tempo inteiro.
Ensinar, nesse momento mundial, pode ser uma tarefa mais que estressante. Pois não se trata apenas de alfabetizar, letrar, escolarizar, mas também de lidar com questões sanitárias que, caso descumpridas, podem ser fatais. Vale lembrar que os casos mais complicados tendem a partir da possível insubordinação de crianças e adolescentes impacientes.
Vale ressaltar que tudo isso acontece depois de um longo período ao qual muita gente entrou em luto por algum conhecido, parente, ou até mesmo pelo cenário geral, mas ainda assim continuou focado em trabalhar pela necessidade do próprio sustento. A situação não foi fácil para ninguém, na verdade ainda não está, mesmo com a vacinação, temos que continuar tomando os cuidados necessários.
O quadro de saúde do corpo docente precisa ser levado em consideração e ser acompanhado tanto quanto o dos alunos, que muitas vezes podem apresentar sinais em sala de aula, ou não. Nos dois casos, a recomendação é uma só: apenas prestar atenção no outro. Se for o caso, é importante recomendar acompanhamento psicológico profissional.
É de responsabilidade dos gestores terem essa visão empática com todos aqueles que estiveram lá, o tempo inteiro, no remoto, no híbrido e estão retornando ao presencial com todas as suas forças de vontade de continuar mudando o mundo por meio da Educação.
Para quem está precisando de apoio psicológico, recomendamos o Centro de Valorização da Vida (CVV), que dá um apoio emocional necessário, atendendo de forma voluntária e gratuitamente qualquer pessoa que queira conversar, com garantia de total sigilo por canais como: telefone, email ou chat, disponível 24 horas por dia.
Para mais informações acesse www.cvv.org.br/ .