Comportamento, Educação

Formação técnica é essencial para futuros profissionais no Brasil

Sempre atento as novidades acerca da educação o Blog da Mídias fala hoje sobre a falta de profissionais com qualificação técnica que podem fazer a diferença para o mercado brasileiro, e como a nossa cultura ainda restringe a profissionalização ao ensino superior.

O Brasil é um país em constante crescimento que vem se destacando entre países emergentes. Porém segundo especialistas a “cultura bacharelesca”, muito comum no Brasil, é prejudicial já que a sociedade acredita que o diploma é fator determinante para o sucesso e ascensão profissional, o que não é verdade já que países em desenvolvimento precisam de profissionais qualificados e com experiência
prática para execução de diversas atividades.

Segundo estimativas, o Brasil precisará, em 2015, ter 7,2 milhões de profissionais de nível técnico, que vão trabalhar diretamente na produção de grandes projetos que o país deve desenvolver. No entanto, um dos grandes desafios é convencer e conscientizar jovens matriculados no ensino médio sobre a importância de fazer cursos profissionalizantes. O número de jovens que chega ao ensino superior ainda é muito baixo, mas a maioria dos jovens não enxerga outras alternativas para chegar ao mercado de trabalho. Neste cenário os cursos técnicos são uma ótima opção de desenvolvimento profissional que futuramente pode ser associada ao curso superior pelos estudantes, resultando num profissional completo que une prática e conhecimento.

Especialistas como Rafael Lucchesi (presidente do Senai), James Wright, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e Marcelo Feres (diretor de integração de redes do MEC) que estiveram presentes no seminário “Educação e formação de mão de obra para o crescimento” compartilham da mesma opinião, que nossa cultura dá muito valor ao diploma, mas esquece da preparação de fato dos profissionais.

Wright destaca que o problema brasileiro não é o números de profissionais com diploma superior, e sim o número reduzido de pessoas com formação na área de ciência. Segundo ele, 40% dos matriculados em cursos superiores cursam Administração, Direito e Pedagogia, diante de apenas 7% de matrículas em áreas técnicas. Este número deveria chegar a 25% da população universitária, para comparar o Brasil a outros países. Dados da OCDE mostram que países em desenvolvimento como Chile, Japão, Coréia do Sul e Malásia têm índices maiores de engenheiros, por exemplo. Há uma necessidade de orientar os alunos a aprenderem matemática e cursos técnicos. Já Marcelo Feres afirma que a medida que novos programas estão aliados, hoje, a uma política de valorização profissional, os profissionais de nível técnico ganham mais valor salarial e social no trabalho. Feres também ressalta a importância do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) há um ano, como fundamental para ampliar a escolaridade no nível técnico e cursos de tecnologia.

Fonte: O Estado São Paulo

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