Entenda a diferença entre o ensino por séries e a progressão continuada
O método de progressão tradicionalmente utilizado pelas instituições de ensino no Brasil é o por séries, em que os alunos são avaliados e, se não cumprirem o desenvolvimento mínimo esperado para aquela turma, repetem o ano. Mas, há outros métodos que podem ser utilizados, e um deles é a progressão continuada por ciclos, que vem ganhando espaço entre as escolas brasileiras. Mas qual a diferença entre eles?
Na educação por séries, cada aluno é avaliado e passa para a próxima turma se atingir um desempenho satisfatório. Se isso não acontecer, ele reprova ao final do ano letivo e repete a série. Já na progressão continuada, chamada de progressão por ciclos, os estudantes devem obter as habilidades e competências em um ciclo que, em geral, é mais longo do que um ano ou uma série. Normalmente, dentro dos ciclos, não está prevista a repetência, mas sim a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço.
É comum a confusão de algumas pessoas que entendem a progressão continuada por “aprovação automática”, mas não é bem assim. A proposta, segundo alguns pesquisadores da educação, é tentar regularizar o fluxo dos alunos ao longo dos anos na escola, superando o fracasso escolar das altas taxas de reprovação, oferecendo um ensino sem interrupção ou repetências, que prejudicam o aprendizado e desestimulam os alunos.
Esse modelo é muito criticado, há quem ache que existe uma queda da qualidade de ensino, como se a avaliação reprovativa fosse um incentivo. Entretanto tal visão é equivocada e vem de erros passados. Quando o sistema foi implementado no Brasil, não houve um preparo das instituições e professores, o que gerou insegurança e o sentimento de que os estudantes estavam passando de ano sem aprender.
A ideia na progressão continuada não é “empurrar com a barriga” os estudantes que não têm um bom desempenho, mas sim que a instituição de ensino acompanhe e identifique os déficits de aprendizagem de cada aluno ao longo do ciclo para que seja realizado um reforço e, a longo prazo, o estudante consiga acompanhar o desenvolvimento do resto da turma.
Com o ensino remoto, foi levantada uma discussão sobre métodos avaliativos: como realizar provas e dar notas a distância, com o agravante da desigualdade no acesso a ferramentas para participar das aulas? Além disso, há discussões a respeito da proibição de reprovações ao fim do ano letivo de 2020 e avaliações diagnósticas para reforçar os conhecimentos e habilidades que não foram desenvolvidos na série anterior.
Com esse desafio, a progressão continuada pode ser um ótimo método para ajudar as instituições de ensino no desenvolvimento dos estudantes por meio da identificação dos seus déficits e reforço para ajudar alunos ou turmas a alcançarem o desempenho desejado.
Com o Sonar e o Sonar Pleno da Miedu, as instituições de ensino podem realizar essas avaliações diagnósticas e identificar os déficits dos alunos e turmas. Saiba mais no nosso site ou entre em contato conosco.