Enem segue como prioridade?
Vamos iniciar falando sobre o assunto mais citado durante a última semana, no campo da Educação: a incerteza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Não estamos falando de datas necessariamente, apesar de que a primeira nota oficial do Inep foi muito vaga quanto ao calendário, diga-se de passagem. O foco aqui é sobre como seguiremos exigindo aos alunos uma prova desse nível, se nem todos tiveram o mínimo acesso à escola durante esse último ano?
Diante de mais um ano de pandemia, muita gente começou a rever suas prioridades, o governo também. O que em regiões afastadas, tudo foi ainda mais delicado, com baixa infraestrutura muitos alunos não conseguiram acesso às aulas, principalmente naquelas regiões onde o acesso remoto é mais difícil. Fazer com que crianças e adolescentes tenham continuidade nos estudos é essencial e, quanto a isso, não há controvérsia. Ao enxergar isso, bem antes da pandemia do Covid-19, nós entendemos as necessidades de cidades obterem maneiras de avaliar em larga escala para identificação dos déficits de aprendizagem e, em menos tempo e com mais precisão. Nossas soluções digitais iniciaram um processo de combate à desigualdade educacional, que vem dando resultados positivos e diminuindo a apreensão de gestores, professores, pais e alunos.
Sem dúvida, o Enem é um dos maiores exames educacionais do Brasil, principalmente depois de 2009, quando as notas começaram a ser usadas para ingresso no ensino superior público. E aí voltamos ao trabalho de combate à desigualdade educacional e vem a seguinte pergunta: os alunos do Ensino Médio estão preparados para fazer a prova do Enem, depois desse ano tão desafiador para a educação?
Na última aplicação de provas (que aconteceu em janeiro de 2021), tivemos um número infeliz e histórico: o recorde de evasão como a principal marca do Enem 2020. Dos mais de 5,5 milhões de inscritos, apenas 2.470.396 compareceram. O número do primeiro dia (17/01) causou espanto: 51,5%. No segundo dia de provas (24/01), a ausência chegou a 55,33%.
Será que até a data do Enem 2021, que ainda não está prevista, teremos como melhorar esses números, mesmo com tantos desafios a serem ultrapassados? Como evitar a evasão novamente?
A Miedu oferece soluções digitais para identificar déficits na rede de ensino, além de dados que apontem onde e quais assuntos reforçar para diminuir o grande risco dos alunos se sentirem desamparados.
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