Avaliação em larga escala é realidade mundial
O mundo está preocupado com o déficit de aprendizagem que a pandemia do Covid-19 instaurou. Mas mesmo antes de tudo isso acontecer, a avaliação em larga escala já era uma prática bem-vinda em diversos países e, ao longo do tempo, demonstrou resultados benéficos para a educação mundial. Por isso, pesquisas recentes, como a do Vozes da Educação, com o apoio do Fundação Lemann, comprovaram que esse método avaliativo é a melhor forma de entender o cenário atual e planejar os passos para os próximos anos, inclusive, já falamos sobre ela em vários posts do nosso blog (pode conferir depois de ler tudo isso aqui!).
Participaram da pesquisa: Alemanha, Argentina, Austrália, Botswana, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Estados Unidos, Estônia, França, Índia, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Singapura, Uruguai e Zâmbia. Os testes levaram em consideração vários resultados positivos para a Educação Básica, assim como questões políticas, econômicas e sociais da realidade de cada país.
Vale lembrar que pelo menos metade desses países estavam no Top 20 dos países com a melhor educação no ranking mundial até o início 2020.Por outro lado, o Brasil ocupava a 56ª posição, segundo o International Institute for Management Development (IMD).
Sobre os benefícios, destacamos mais uma vez a capacidade de analisar o presente e prever o futuro (considerando um período pós-pandêmico, claro). Não obstante, a metodologia também se mostra muito eficaz quanto às análises do contexto escolar e eventuais perdas de aprendizagem durante a pandemia, a diferença é que as informações podem mudar com mais rapidez devido ao momento tão atípico. Mas isso não quer dizer que ela deixa de ser uma ótima opção. Nesse caso, a melhor opção é adaptar o escopo avaliativo para ser compatível com o nível de aulas dadas durante o ensino remoto.
Sendo assim, a conclusão geral foi positiva, pois a pandemia pressionou mais países a olhar esses exemplos de avaliação e gestão de dados educacionais para que pudessem implementar melhores formas de aperfeiçoamento do ensino básico, assim como identificar os gaps que tem grandes chances de contribuir com o aumento das desigualdades educacionais.
Já está na hora do Brasil copiar bons exemplos, não acha?