Alfabetizar é a prioridade
Um dos principais debates desde o início da pandemia do Covid-19 foi a alfabetização e o letramento da primeira infância, até porque erradicar o analfabetismo brasileiro até 2024 é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), e no fim das contas, isso também pesa muito para as escolas e Instituições de Ensino (IEs). Mas como esse panorama não prejudicaria essas crianças? Além do vírus, que obrigou todos a cumprir mais de um lockdown, existe um grande abismo de dificuldades históricas no ensino que, somadas às desigualdades sociais, tornam a meta cada vez mais difícil de se alcançar.
Se 2020 trouxe desafios para esse caminho educacional, 2021 continua exigindo adaptações e reflexões de todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento da alfabetização de uma criança. Além de exigir um olhar ainda mais cuidadoso dos profissionais da Educação, os pais também tiveram de redobrar os esforços para que as crianças seguissem o aprendizado gradual sem prejudicar sua leitura e escrita.
O aumento do uso de plataformas digitais e ferramentas de tecnologia no ensino remoto, não tirou a preocupação de fazer com que a alfabetização fosse prioritária para essa faixa etária. Nesse caso, a soma de todos os recursos e soluções digitais foram agregados às aulas para criar um ambiente lúdico, interativo e atrativo.
Com a volta do ensino presencial, mesmo que ainda incluído na metodologia híbrida, será preciso uma avaliação do nível dos alunos, principalmente aqueles que foram prejudicados pela falta de acompanhamento e pela vulnerabilidade local, assim como restaurar o hábito da leitura e o vínculo das crianças com a literatura infantil, para que o ciclo da alfabetização não seja ainda mais prejudicado. Assim, as escolas podem somar as aulas mais tradicionais à algumas leituras online ou jogos digitais de aprendizado e raciocínio lógico, por exemplo.
O futuro da alfabetização está nas mãos de como as escolas e IEs irão se adaptar a tudo isso que foi vivido durante lockdowns e distanciamentos. As metodologias de ensino-aprendizagem, assim como as de avaliação deverão caminhar por dentro de processos executáveis, efetivos e qualificados para que consigamos diminuir o enorme impacto que isso pode gerar no futuro das nossas crianças.