A campanha Novembro Azul, estimula a conscientização sobre a saúde do homem, com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mais frequente entre os brasileiros, depois do câncer de pele. Mas, para além do câncer, infelizmente, as políticas de saúde dos homens, se caracterizaram em concentrar suas ações em torno da medicalização. Remediar como prioridade, ao contrário de prevenir, não se mostra uma tática boa de se manter. No entanto, aqui no Brasil, este cenário começou a ser transformado com a publicação da Portaria n. 1.944 que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), que veio com o intuito de sensibilizar os homens a se cuidarem tendo como principal objetivo reduzir os altos índices de morbimortalidade masculina.

Mas como dar mais atenção à saúde dos meninos durante a adolescência, que é o período onde se encontra o início da tomada de decisões por si só, e como fazer com que isso reflita no futuro, gerando adultos cada vez mais conscientes e saudáveis? Bem, isso deve começar um pouco antes. 

Ainda na infância, os pais devem incentivar seus filhos, desde cedo, a cuidar da própria saúde, a terem uma alimentação equilibrada, a praticar exercícios e não terem medo de ir ao médico. Porque quando a criança entra em idade escolar, já passa a não depender somente dos pais, e é aí onde entra a escola.

Para além de compartilhar informações básicas que já foram citadas acima, ou sobre higiene pessoal (cuja base começa dentro de casa), a escola deve assumir o compromisso de conscientizar os alunos sobre a importância de prevenção de doenças; promover aulas e discussões sobre saúde física e mental; envolver os alunos em atividades práticas, como cuidar de uma horta na escola e capacitar os professores para tirar dúvidas e identificar sinais de que o aluno precisa de ajuda.

Para os mais avançados na idade, que tendem a se sentir auto suficientes, é importante enfatizar os riscos do uso de drogas e remédios que, se consumidos a longo prazo, podem afetar a saúde de forma irremediável. No mais, que tal fazer campanhas para os pais ou as figuras masculinas presentes? A escola pode incentivar os pais e crianças a frequentarem algum serviço, público ou particular, para fazer o acompanhamento da saúde, assim dando bom exemplo aos filhos, de como ser uma pessoa responsável pelo seu próprio bem-estar.