A importância de escutar a comunidade escolar para retomada das aulas presenciais
No atual cenário da pandemia da Covid19, a comunicação entre a instituição de ensino e a comunidade escolar se tornou primordial para garantir o ensino-aprendizagem dos estudantes e integrar pais, alunos, professores e gestão. Mas agora que sociedade, Ministério da Educação (MEC) e até mesmo as escolas já discutem datas, protocolos sanitários e modelos para a retomada das aulas presenciais, é preciso humanizar as relações com a comunidade escolar para entender como esse processo pode ser possível.
A escuta de todos os integrantes deste corpo vivo que é a escola é muito importante para entender os medos e anseios de pais, alunos e professores para assim montar um plano de retomada confortável para todos os participantes. Na própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a empatia já aparece como uma das 10 Competências Gerais a serem desenvolvidas ao longo da educação básica.
Para estudantes e pais, o ato de ouvi-los pode ajudar a mostrar a importância das emoções e opiniões deles para a instituição e vai encaminhar o planejamento de retomada, prevenindo problemas como evasão escolar e desestímulo dos alunos. Além disso, a instituição precisa pensar que muitos deles podem ter perdido familiares e amigos por causa da Covid19 ou até outros problemas como renda comprometida neste período, o que impacta diretamente no emocional deles.
Por outro lado, os educadores também têm seus próprios anseios e serão os agentes de linha de frente neste processo tendo o contato direto com os estudantes. Mais do que só repor todo o conteúdo pedagógico perdido, o professor vai precisar olhar para o aluno de forma individual e entender, mais do que nunca, seus limites e emoções. Mas como o educador pode ter essa sensibilidade se ele mesmo está fragilizado? Por isso, se torna ainda mais importante que a instituição lidere o diálogo com seus professores e faça a manutenção dessa relação.
Após escutar a comunidade escolar, a instituição vai ter respaldo para montar um plano de retomada empático e eficaz, entendendo se vale a pena voltar as aulas presenciais integrais ou se alternativas como o ensino híbrido poderiam ajudar.