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A escola precisa ser um local de acolhimento

Os padrões de cultura predominante, também conhecidos como os  heteronormativos, que são aqueles baseados no modelo heterrosexual de casal, ou seja homens cis + mulheres cis, acabam refletindo nas escolas como os únicos que detém a normalidade. Isto porque este era considerado o único ‘normal’ por muitos anos e aqueles que não se encaixam nesse modelo, acabam sendo tratados como inferiores. Tudo isso ao ponto de passarem por situações de desconforto, desprezo, marginalização e, o mais comum nas escolas, o da ridicularização. Isso é fruto de desinformação e preconceito trazido da cultura antiga familiar, o que pode gerar também casos de violência. Tal situação é denominada Homofobia. 

Mas o que é uma atitude homofóbica e como pode ser reconhecida? Pois bem, é uma atitude derivada e sentimento negativo, discriminatório ou preconceituoso sobre as pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo ou gênero, ou são percebidas como tal. Logo após o termo Homofobia, vieram subdivisões como a Transfobia (preconceito com pessoas transexuais e trangêgenros), a bifobia (com pessoas bissexuais), etc. Apesar da nomenclatura mudar de acordo com a sexualidade retratada, o padrão de comportamento equivocado segue com o mesmo sentido.

Para evitar o preconceito ou o bullying (prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e/ou psicológica para com um indivíduo ou um grupo de características parecidas), geralmente por parte dos estudantes, a família e a escola devem falar aos jovens sobre a necessidade de se respeitarem as diferenças e refletir a respeito da identidade de gênero e da orientação sexual. Embora não seja fácil, principalmente porque a cultura, geralmente, vem da própria casa, o assunto deve ser debatido na escola como um dos pontos prioritários de socialização e respeito ao próximo. Vale ressaltar também que não estamos falando apenas da relação alunos para alunos, mas também de alunos para com professores ou qualquer outra pessoa que trabalhe no ambiente escolar. 

Um ponto importante a ser colocado é que, em muitas escolas, há gestores que afirmam não haver pessoas homossexuais ali. O que dificulta o processo, porque já denota o malgrado por parte de alguns profissionais da Educação em abordarem o tema. Existem duas questões imporntanes dentro dessa fala: 1. não é necessário que ninguém mostre um “atestado” de homossexualidade, independente de sua idade ou posição dentro da escola; 2. o tema, por si só, já é necessário o suficiente. 

De acordo com os resultados de uma pesquisa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura),que foi publicada em no final da década de 2000, intitulada ‘Juventudes e sexualidade’,foi concluída que, por serem  pouco discutidos, temas como preconceitos e discriminações diretamente vinculados à homofobia se tratava trata de um tipo de violência pouco documentada quando se tem como referência a escola, isso pode ter levado muitas pessoas a pensarem que, por isso, lá não existia esse tipo de violência. Mas existe. Tanto é que, o termo bullying, criado na década de 70, passou a ser popularizado no Brasil no início da década de 2010. 

A escola precisa ser um local de acolhimento para crianças, adolescentes e também para os profissionais que ali trabalham, pois todos merecem respeito. Hoje é o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia e nós, da Miedu, sabemos o quanto é importante informar para evoluir.  Contamos com vocês!